quinta-feira, julho 13, 2006

No Paredes Rui Quinta continua

Depois da autarquia ter anunciado o corte no orça-mento para o futebol sénior do União de Paredes, pre-sidente e treinador reconsideram a ficam mais umatemporada a gerir os destinos do clube. Pedro Silva,que tinha decido não permanecer caso a Câmara avan-çasse com a medida, pensou melhor, reuniu forças eapoios e vai mesmo continuar. Como em equipa queganha não se mexe, o treinador, Rui Quinta não aban-dona o grupo, e segue em frente lado a lado com opresidente.Agora é lutar contra a maré e conseguir segurar omáximo de jogadores. Alguns já estão de saída, masa maioria aguarda para perceber o que ao certo vaimudar no Paredes. Certo é que a politica de apostanos jogadores da terra está para ficar e para solidifi-car. A aposta na formação vai intensificar-se, não fos-se o orçamento da autarquia totalmente canalizado, apartir de agora para educar e formar jovens para o clu-be.“ QUEM É QUE FICAVA?”Pedro Silva pensou melhor e decidiu não levar adi-ante a decisão de abandonar o seu projecto no Pare-des “ só por causa de uma decisão politica”. O presi-dente vai seguir à risca as indicações da autarquia ecanalizar todo o dinheiro para a formação, tal comoCelso Ferreira exige. “ Se não ficasse quem é queficava? Não havia mais ninguém. Não vou usar nadanos seniores, isso é ponto assente, e vou construir aequipa com os apoios que tenho garantidos e com ospatrocínios, vamos ver o que vai dar para fazer”. Dei-xar a estrutura que ajudou a construir não fazia maissentido para o presidente que reuniu forças para con-tinuar “ uma época que não vai ser pêra doce. “ Tenhomuita gente do meu lado e que estão comigo paracontinuar, isso deu-me coragem para levar o desafioem frente e não desistir”.No que respeita à gestão da equipa, Rui Quinta vaiapostar em segurar o grupo de trabalho a partir donúcleo duro de jogadores “experientes” que já se co-nhecem e sabem que “ o Paredes ainda pode ter umapalavra a dizer. No início da última temporada éramos oscoitadinhos e fizemos um bom trabalho”, argumentou otreinador. “ Não vamos ter a mesma capacidade e sabe-mos disso mas o estímulo é ultrapassar as dificuldades,é isso que lhes vou pedir”.Um dos trunfos da direcção para “segurar” os jogado-res é garantir o cumprimento dos pagamentos. “ A gran-de luta é conseguir cumprir com as nossas obrigações enão continuaria se assim não fosse. Esperem que osatletas tenham isso em conta antes de tudo. Quero con-tinuar a pagar tudo em dia e não vou entrar em exage-ros”, garantiu ainda Pedro Silva.ORÇAMENTO REDUZ O SONHOA tarefa não se avizinha fácil para o União de Paredesque, com menos dinheiro, vai ter que gerir uma equipaque vem vangloriada da época passada e que vai, inevita-velmente, querer mais do clube e do campeonato. Maisque o Paredes não vai poder oferecer. “ Sei que não pos-so ter o plantel do ano passado e já estou conformadocom isso. Não temos forma de segurar os jogadores.Eles deram muito ao clube a época passada e é normalque queiram mais do que nos vamos ter para lhes ofere-cer. Vamos ter o plantel possível”, explicou o presidentePedro Silva.De saída está mesmo Tiago Madalena e, ao que tudoindica Nelson Campos também não vai vestir de azul ebranco. Muitos outros podem deixar as Laranjeiras, masainda não há certezas. “ Com este orçamento é compli-cado fazer escolhas e pedir aos jogadores que permane-çam. Eles sabem o valor que têm e esperam mais. Mui-tos vão sair e os sócios vão ter que entender que o nívelde competitividade vai, inevitavelmente ser diferente. Ossócios vão ter que compreender e apoiar”, argumentouRiu Quinta ao mesmo tempo que garantiu que a apostaem jogadores da terra está para ficar. “ É a política destacasa e não vamos abdicar dela. Temos estruturas deformação que nos permitem poder contar com respostasa qualquer instante, mas claro que abdicamos da expe-riência. Vai ser sempre inevitável ir buscar alguém defora para equilibrar”, explicou.

Texto do Forum Vale de Sousa

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