quinta-feira, julho 20, 2006

Como se esperava... São Roque fecha portas

Fim da linha - chaves foram entregues na Junta
G. D. S. Roque cessa actividade
Como já se esperava nenhum associado quis pegar nos destinos do Grupo Desportivo S. Roque. Assim sendo, o clube cessa, para já, as actividades desportivas em todas as camadas. A solução para a crise directiva poderá passar pela Junta de Freguesia.
Fernando CorreiaDe pouco valeu o aviso em jeito de apelo, afixado pela comissão directiva em vários locais da freguesia. Apenas oito associados (os do costume) compareceram na assembleia. De lamentar, mais uma vez, o facto de estarem mais “directores de bancada” no café da sede do que na sala onde decorria uma das assembleias mais importantes da história do clube.Carlos Gonçalves, ainda fez a pergunta da praxe, mas pouco adiantou. Para o dirigente “não vale a pena fazer mais assembleias, acabou, vamos contactar a Junta e confiar-lhe os destinos do clube. O S. Roque não acaba, mas pelo facto de não haver direcção, também não haverá futebol”. Em relação aos são-roquenses referiu: “lamento que esta terra continue a ser ingrata para com as colectividades que nela existem”. Para terminar, acrescentou: “só temos razão de existir se as pessoas quiserem e pelos vistos não querem, eu saio de consciência tranquila”.Se aparecer alguém, o dirigente está disponível para de imediato realizar uma assembleia, para que tomem posse os novos corpos directivos, pois só após haver uma acta da mesma é que se pode inscrever o clube na Associação de Futebol.Com este impasse e uma vez que muitos dos associados se recusam a pagar as quotas, Dionísio Xará assume o compromisso de fazer a manutenção do dia-a-dia do clube, ou seja, assegurar os pagamentos essenciais (como a luz por exemplo) para que a porta não feche de vez. Este dirigente, mais uma vez mostrou-se desalentado com a situação. “Pensei que as pessoas tivessem algum respeito pelo clube, mas estava enganado”. No final da assembleia, Manuel Costa, resumiu numa frase apenas o sentimento geral, “O povo de São Roque, fala muito, pensa pouco e não faz nada”Já ontem o CORREIO DE AZEMÉIS ouviu a presidente da Junta de Freguesia, Isabel Costa. Esta lamenta o facto de o clube ter chegado a esta situação, mas não recusa o apoio da Junta.“Vou aceitar as chaves e tentar encontrar um grupo de pessoas que dê continuidade às camadas jovens. A Junta não tem vocação para dirigir um clube, portanto apenas posso ajudar para que se encontre uma solução”. Para a autarca os associados têm que saber o que querem para o clube, “Entristece-me que os poucos que ainda têm iniciativa sejam criticados; no entanto, na hora da verdade, os que tanto criticam não aparecem. A actual comissão fez um bom trabalho mas não podem ser sempre os mesmos à frente do clube”. Após assistirmos a tantas assembleias a conclusão a que se chega é que de facto os sócios não querem saber do clube para nada, e, assim sendo, será que vale a pena continuar? Têm a palavra os associados.

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