Os jogadores de futebol do Vitória de Setúbal poderão rescindir os contratos se não receberem parte dos três meses de salários em atraso que vencem dia 05 de Abril, mas o presidente do clube recusa-se a falar do problema.
''Não falo de salários em atraso'', disse hoje à Lusa Jorge Santana, que se escusou a comentar o facto de os jogadores completarem três meses de salários em atraso dia 5 de Abril, invocando um compromisso assumido quando sucedeu a Chumbita Nunes na presidência do Vitória de Setúbal. Certo é que Jorge Santana terá de arranjar dinheiro para liquidar pelo menos uma parte dos três meses de salários em atraso aos futebolistas, sob pena de alguns deles rescindirem com justa causa, a exemplo do que já está a acontecer na secção de andebol, em que se registaram três rescisões. Por outro lado, alguns jogadores estão ameaçados de despejo por não terem sido pagas as rendas de casa, o que já aconteceu com o nigeriano Amuneke, hospedado há cerca de um mês numa unidade hoteleira de Setúbal. Na reunião de sócios da passada sexta-feira, o presidente do Vitória de Setúbal assumiu que não tem soluções de curto prazo para resolver os problemas do clube e que é necessária uma injecção de capital imediata. Além da falta de dinheiro para o pagamento de salários, o Vitória de Setúbal tem também uma divida de cerca de 500.000 euros à empresa espanhola Acessoriamento Deportivo, relativa a direitos de imagem do antigo jogador Kassumov. O accionista da empresa Paco Moreno garante que avançou com o pedido de insolvência da SAD do Vitória de Setúbal por considerar que as propostas de pagamento faseado apresentadas pelo clube não são minimamente aceitáveis, mas Jorge Santana reafirmou hoje à Lusa que o clube ainda não foi notificado deste processo. Para Jorge Santana, a resolução dos problemas financeiros passa pela construção de um novo estádio nos terrenos do Bonfim, mas esta solução está dependente da aprovação do projecto pela autarquia e da disponibilidade da holding Pluripar, um grupo empresarial que detém os direitos dobre os terrenos do Bonfim e que, por conta desse negócio, já terá adiantado cerca de 5 milhões de euros ao Vitória de Setúbal. Jorge Santana garantiu há alguns meses que tinha um parceiro disponível para uma parceria na construção do novo estádio e para ressarcir a Pluripar do investimento realizado no Vitória de Setúbal, mas a empresa não parece disposta a ceder a posição e abdicar dos acordos celebrados ao tempo da Direcção presidida por Jorge Goes. A Pluripar tinha prometido oferecer à Câmara Municipal de Setúbal um estádio de futebol no Vale da Rosa, como contrapartida pela viabilização de um empreendimento urbanístico com cerca de sete mil fogos na zona oriental de Setúbal. Na sequência do protocolo assinado com a Pluripar, a autarquia comprometeu-se, por sua vez, a ceder o usufruto do futuro estádio municipal ao Vitória de Setúbal. Em Assembleia Geral, os associados do clube sadino aprovaram a cedência dos direitos de superfície do Bonfim à Pluripar, mediante a garantia de que a empresa só assumiria a posse dos terrenos após a conclusão do novo estádio municipal do Vale da Rosa. Apesar da situação dramática em que o clube se encontra e das críticas veladas de antigos dirigentes, não é conhecida qualquer alternativa à liderança de Jorge Santana. No entanto, fonte próxima do antigo dirigente e ex-presidente da Assembleia Geral do Vitória de Setúbal, Carlos Costa, acusam Jorge Santana de não ter dialogado com a Pluripar e garantem que não haverá vazio de poder se Jorge Santana se demitir. ''Mas a solução terá de aparecer dentro de poucas horas, porque a situação é muito grave, os jogadores dentro de poucos dias podem rescindir os contratos legalmente e estamos praticamente em cima de um jogo muito importante, com o Estrela da Amadora, que o Vitória de Setúbal precisa de ganhar (para manter a esperança de permanecer na Liga de futebol)'', justificou a fonte, que pediu anonimato. ''Uma Direcção que não tem resultados desportivos, não tem resultados financeiros e não tem resultados administrativos, não lhe resta senão reconhecer que foi incapaz e apresentar a demissão'', acrescentou. A mesma fonte negou a possibilidade de uma candidatura de Carlos Costa à presidência do Vitória de Setúbal, mas admitiu a possibilidade de o antigo dirigente sadino ajudar uma nova direcção.
''Não falo de salários em atraso'', disse hoje à Lusa Jorge Santana, que se escusou a comentar o facto de os jogadores completarem três meses de salários em atraso dia 5 de Abril, invocando um compromisso assumido quando sucedeu a Chumbita Nunes na presidência do Vitória de Setúbal. Certo é que Jorge Santana terá de arranjar dinheiro para liquidar pelo menos uma parte dos três meses de salários em atraso aos futebolistas, sob pena de alguns deles rescindirem com justa causa, a exemplo do que já está a acontecer na secção de andebol, em que se registaram três rescisões. Por outro lado, alguns jogadores estão ameaçados de despejo por não terem sido pagas as rendas de casa, o que já aconteceu com o nigeriano Amuneke, hospedado há cerca de um mês numa unidade hoteleira de Setúbal. Na reunião de sócios da passada sexta-feira, o presidente do Vitória de Setúbal assumiu que não tem soluções de curto prazo para resolver os problemas do clube e que é necessária uma injecção de capital imediata. Além da falta de dinheiro para o pagamento de salários, o Vitória de Setúbal tem também uma divida de cerca de 500.000 euros à empresa espanhola Acessoriamento Deportivo, relativa a direitos de imagem do antigo jogador Kassumov. O accionista da empresa Paco Moreno garante que avançou com o pedido de insolvência da SAD do Vitória de Setúbal por considerar que as propostas de pagamento faseado apresentadas pelo clube não são minimamente aceitáveis, mas Jorge Santana reafirmou hoje à Lusa que o clube ainda não foi notificado deste processo. Para Jorge Santana, a resolução dos problemas financeiros passa pela construção de um novo estádio nos terrenos do Bonfim, mas esta solução está dependente da aprovação do projecto pela autarquia e da disponibilidade da holding Pluripar, um grupo empresarial que detém os direitos dobre os terrenos do Bonfim e que, por conta desse negócio, já terá adiantado cerca de 5 milhões de euros ao Vitória de Setúbal. Jorge Santana garantiu há alguns meses que tinha um parceiro disponível para uma parceria na construção do novo estádio e para ressarcir a Pluripar do investimento realizado no Vitória de Setúbal, mas a empresa não parece disposta a ceder a posição e abdicar dos acordos celebrados ao tempo da Direcção presidida por Jorge Goes. A Pluripar tinha prometido oferecer à Câmara Municipal de Setúbal um estádio de futebol no Vale da Rosa, como contrapartida pela viabilização de um empreendimento urbanístico com cerca de sete mil fogos na zona oriental de Setúbal. Na sequência do protocolo assinado com a Pluripar, a autarquia comprometeu-se, por sua vez, a ceder o usufruto do futuro estádio municipal ao Vitória de Setúbal. Em Assembleia Geral, os associados do clube sadino aprovaram a cedência dos direitos de superfície do Bonfim à Pluripar, mediante a garantia de que a empresa só assumiria a posse dos terrenos após a conclusão do novo estádio municipal do Vale da Rosa. Apesar da situação dramática em que o clube se encontra e das críticas veladas de antigos dirigentes, não é conhecida qualquer alternativa à liderança de Jorge Santana. No entanto, fonte próxima do antigo dirigente e ex-presidente da Assembleia Geral do Vitória de Setúbal, Carlos Costa, acusam Jorge Santana de não ter dialogado com a Pluripar e garantem que não haverá vazio de poder se Jorge Santana se demitir. ''Mas a solução terá de aparecer dentro de poucas horas, porque a situação é muito grave, os jogadores dentro de poucos dias podem rescindir os contratos legalmente e estamos praticamente em cima de um jogo muito importante, com o Estrela da Amadora, que o Vitória de Setúbal precisa de ganhar (para manter a esperança de permanecer na Liga de futebol)'', justificou a fonte, que pediu anonimato. ''Uma Direcção que não tem resultados desportivos, não tem resultados financeiros e não tem resultados administrativos, não lhe resta senão reconhecer que foi incapaz e apresentar a demissão'', acrescentou. A mesma fonte negou a possibilidade de uma candidatura de Carlos Costa à presidência do Vitória de Setúbal, mas admitiu a possibilidade de o antigo dirigente sadino ajudar uma nova direcção.
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