Pode estar para breve o fim do vazio directivo no Canedo. A espera parece já longa, sobretudo depois de Paulo Jesus, presidente cessante, ter dito há muito que não se recandidataria a novo mandato. A solução para terminar com o vazio poderá passar por uma comissão administrativa.
Nas últimas semanas,têm decorrido vários encontros à margem da assembleia geral, encontros que têm reunido alguns associados, alguns dos quais já com alguma experiência directiva no clube. Um desses elementos garante que, não obstante as dificuldades por que tem passado o Canedo, “o clube não acabará”.
Dentro deste grupo de associados, parece óbvia a vontade em levar o barco a bom porto, dado, sobretudo, o percurso recente do clube no plano desportivo e no das infra-estruturas. Assinale-se que o Canedo dispõe de um estádio e de dois campos de treinos – um para futebol de 11 e um outro para futebol de sete.
A criação da comissão administrativa ou a formação de um elenco directivo completo fica, por ora, dependente, dos apoios que aquele grupo possa angariar. A disponibilidade para assumir funções não está, entretanto, dependente da solução de alguns problemas de índole financeira que compete à Direcção cessante.
Esta certeza ficou clara numa anterior assembleia geral com o presidente cessante Paulo Jesus a assegurar que seria da sua responsabilidade esse assunto. O clube tem compromissos financeiros por acertar com o plantel e equipa técnica, o que poderá, no imediato, criar alguns entraves nas conversas com os jogadores rumo à renovação caso os atrasos não sejam solucionados.
Perante este quadro, o Canedo nada acertou, por enquanto, no que à próxima época diz respeito. Desconhece-se quem ficará do plantel de 2005/06 assim como se ficará (ou não) a equipa técnica liderada por Albertino Oliveira e que tão bons resultados proporcionou ao Canedo estas duas últimas temporadas.
Texto do jornal "Terras da Feira"
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